Sobrevivência

Quando em idade escolar, aprendemos sobre os Grandes Personagens da Nossa História, os Gênios, aqueles grandes homens (e grandes mulheres) que fizeram a diferença, que contribuíram para a humanidade chegar ao patamar político, cultural e tecnológico dos dias de hoje.
Um desses personagens que estudei nas aulas de ciências, e depois em Biologia, foi esse senhor cuja foto apresento abaixo.

Você sabe quem é ele? Você se lembra da contribuição que ele fez ao Mundo? Você sabia que ele está sendo citado, na atualidade, no Mundo Corporativo, por assinar uma tese sobre a Evolução do Homem?

Pois é, esse Senhor, é o Charles Darwin, cientista inglês que em 1859 publicou a Teoria da Evolução das Espécies.

E vale meditar sobre a frase de sua autoria descrita abaixo:

”Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais inteligente, mas sim a que é mais adaptável às mudanças. ”

Será que no século XIX ele poderia prever as fusões, aquisições, a concorrência, a pandemia de COVID, as crises financeiras, as constantes mudanças na tecnologia e nas organizações, a internet das coisas, a automação, a inteligência artificial?

Ou será que a luta pela empregabilidade, a garra para se manter em curva ascendente de crescimento profissional ao longo dos anos de experiência, a ânsia por deter sempre mais e mais conhecimento e informação e garantir poder surfar em todas as ondas das mudanças corporativas, continua nos comparando à luta do homem das cavernas pela sobrevivência diária?

Será que nós, espécimes evoluídas, estamos preparados para a sobrevivência profissional da nossa espécie?
Será que o “Homem Geração Millenium” descendente do “Homem Baby Boomers” está mais preparado para as mexidas nos “nossos queijos”?
Proponho meditarmos a respeito…

Em ordem cronológica  temos as seguintes gerações:

• Geração Baby Boomers;
• Geração X;
• Geração Y;
• Geração Z;
• Geração Alfa.

As gerações  Baby Boomers, X, Y (Millennials), Z  e Alfa possuem características e atitudes comportamentais bem distintas, baseados em diversos fatores, principalmente a evolução tecnológica, que afetou seus comportamentos, da forma como trabalham até como consomem produtos e como reagem emocionalmente.

Analisando essas gerações temos:

Baby Boomers

Nascidos entre 1945 e 1964, período de pós Segunda Guerra, período de um súbito aumento na natalidade. Esses filhos e descendentes desses ex-combatentes têm hoje entre 59 e 78 anos de idade. Os Baby Boomers foram criados valorizando muito o trabalho e uma grande preocupação em construir um patrimônio, ter uma carreira profissional estável, permanecendo no mesmo emprego por décadas até a aposentadoria. E esse tipo de comportamento que nasceu no EUA acabou se espalhando por diversos países do mundo. É a geração do TER.

Para essa geração, o tempo de casa, tempo de experiência nas empresas era mais valorizado do que a criatividade e a inovação. Naquela época, a concorrência no mercado de trabalho não era tão acirrada e não havia tanta variedade de profissões como temos hoje em dia. Estabilidade, tempo de empresa e valorização das empresas era a tônica.

As maiores competências de profissionais BabyBoomers, são:

-senioridade para tomada de decisões;
– paciência e capacidade de visão de causa e de consequência;
– sabedoria para lidar com crises;
– habilidade de gestão de conflito;
– serenidade e autocontrole;
– respeito e ética;
– gestão de tempo;
– comprometimento com resultados, contribuindo muito com a sustentabilidade da empresa.

Geração X

Nascidos entre 1965 a 1984,  tem hoje entre 39 e 58 anos de idade, cresceu no período de Guerra Fria e foi a primeira a experimentar os avanços tecnológicos. No campo profissional, a geração X não era ousada. Sempre valorizavam a busca por crescimento profissional, a ascensão de cargos na empresa em que trabalham e geralmente ficam muito tempo na mesma organização. A geração X é a primeira a ver ambos os pais saindo para trabalhar fora, por isso, é uma geração que tende a ser responsável com as coisas da casa. Quem é da geração X tem um perfil mais conservador, prefere não ser gerenciado em todos os detalhes do trabalho, gostam de entender os processos de negócios como um todo, mas gostam de ter autonomia, independência, mas mantendo a atuação em grupo.

Geração Y  (Millennials) 

Composta por indivíduos que nasceram entre 1985 e 1999, tem hoje em dia de 24 a 38 anos. Possuem comportamento diferenciado das gerações anteriores no mercado de trabalho. Os  Millennials, como são conhecidos, são bem mais exigentes em relação às funções que eles desempenham e têm menos receio de largar um emprego para fazer algo que realmente o traga satisfação como profissional e como pessoa. Buscam apostas de empresas que paguem melhores salário, mas analisam bem mais o alinhamento dos valores e de propósitos pessoais e empresariais.

Para a geração Y, o trabalho em equipe, a colaboração é mais importante do que a hierarquia. Estão em uma busca constante por inovação, preferem  receber instruções bem específicas sobre o trabalho a ser realizado. É uma geração que gosta de receber feedbacks, mas prefere tomar suas próprias decisões, buscam terem suas opiniões ouvidas e debatidas.

É a geração do SER, pois a experiência vivida é mais valorizada do que a de adquirir bens e patrimônio.

Geração Z (Centennials)

São os nascidos de 2000 a 2010, de 13 a 23 anos atualmente, são os estagiários e trainees da atualidade e estão testando os profissionais de outras gerações com sua mentalidade inovadora e atitudes disruptivas. A geração Z já nasceu nesse mundo conectado pelas tecnologias digitais. Os Centennials costumam ser imediatistas, dispersos, multitarefas, independentes e exigentes com o que consomem e com as funções que desempenham nas empresas, apesar de estarem chegando agora ao mercado de trabalho. 

A retenção dos jovens profissionais,  Milleniuns e Centennials, passou a ser um grande desafio para os RHs e empresas. Eles querem o momentâneo, sem se aprofundar nos contextos.
Na grande maioria dos casos falta humildade em ouvir, dar a voz, escutar, especialmente se forem opiniões dos mais velhos.
A carreira dos jovens é uma trajetória em  saltos, mudando de empresa em empresa, de 2 em 2 anos, por promoções e aumentos salariais, com muita ambição e sem fidelização ou compromisso com as empresas.

Acredita-se que os cargos que a geração Z vai ocupar ainda nem foram criados. É seguro dizer que eles não querem passar a vida toda desempenhando a mesma função ou trabalhando para a mesma empresa.

Porém a geração Z apresenta, em grande número, certa dificuldade em socializar fora do ambiente virtual.

Geração Alfa

Nascidos após 2010 até os dias de hoje, são os futuros seres high-tech da era da inteligência artificial. Essas crianças aprenderam a chegar no YouTube pelo celular ou tablet antes de aprender a ler e a escrever.

Com absoluta certeza, as novas gerações estão bem mais focadas em flexibilidade, autonomia e com um grande potencial para buscar saídas para problemas de forma colaborativa.

Em resumo a dura realidade é que falta visão e consciência de que o cenário de mudanças contínuas é real, veio para ficar, e  todos, de todas as gerações, sendo colaboradores de empresas ou empreendedores, estamos e estaremos mais e mais expostos às transformações e às inovações!

Então a mensagem final é:

Para termos sobrevivência, perenidade, empregabilidade é preciso ter flexibilidade para vergar e não quebrar, voltar ao seu estado natural e recomeçar.

Ter Resiliência!

É necessário investir em você, cuidando da sua saúde física e emocional!

Buscar sua evolução contínua!

Reinventar-se!

Sandra Portugal

Head da Projetando Pessoas há 11 anos, Empresa de prestação de serviços em coaching, mentoria de executivos e empresários, consultoria em gestão e empreendedorismo, eventos e palestras, com a missão de inspirar e desenvolver pessoas.
Minha missão de vida é Projetar Pessoas!

Editora do Portal de Conteúdos www.projetandopessoas.com.br

Matemática de formação, graduada pela UFRJ, mestrado em Engenharia de Sistemas pela COPPE-UFRJ, MBA em Gestão de Negócios (FAAP-SP) e Gestão Avançada APG – Amana Key.
38 anos de experiência em posições executivas em grandes empresas, respondendo por gestão de pessoas, governança de processos e projetos complexos, tendo atuado em projetos de Transformação Digital e inovação.

Sou Coach certificada pela Sociedade Brasileira de Coaching, Palestrante formada pelo INAP(Instituto de Neurociências Aplicada) com sólido portfólio de palestras realizado em eventos corporativos e workshops de liderança.

Certificada Positive Practioner & Trainer pelo Instituto Felicidade é Ciência, atuo com Positive Coaching e Formação de Lideranças Positivas, baseados na Ciência da Felicidade e na Psicologia Positiva.

Co-autora do Livro Liberte seu Poder, Editora Leader (2015), presença no Livro Undeterred (USA-2015) e autora de artigos periódicos em Portais de Negócios.

Hoje, apresenta-nos o texto Sobrevivência.

E Brasileira(o) sou!

Veja a Sandra Portugal em Projetando Pessoas Siga o Instagram Sandra Portugal Subscreva o novo Canal do Youtube da Projetando Pessoas, onde Sandra nos fala sobre Resiliência Outros Temas da Sandra Portugal: #1 A Natureza do Empreendedor #2 Empreendedorismo no Feminino #3 O seu negócio é a primeira escolha na mente dos clientes? #4 2020 Será um anos para ser esquecido ou para ser lembrado? #5 Empreendedor, como está a sua visão de futuro? #6 Mais fortes do que nunca #7 A esperança é a última que morre? #8 Conexões Humanas #9 A Química da Liderança #10 Arte dos Relacionamentos #11 Você tem poder pessoal? #12 Você tem medo de quê? #13 Sucesso é Perene? #14 Mudar dói #15 Liderança ao Acaso #16 Estimulando o Bem-estar #17 Conflito #18 Sobrevivência