Início: 03/04/2024
9:00 am
Término: 05/04/2024
7:00 pm

Local do Evento

Cidade Universitária, Alameda da Universidade, Lisboa

IV Congresso Português de Psicologia Positiva e II Simpósio Luso-Brasileiro de Psicologia Positiva

PSICOLOGIA POSITIVA, DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA CLIMÁTICA:
Ações profissionais, políticas, econômicas e sociais para a paz mundial e o bem-estar humano.

  • 3,4 e 5 de Abril de 2024
  • Universidade de Lisboa

Inscrições abertas até dia 30 de março de 2024
Envio de trabalhos até dia 31 de janeiro de 2024
Propostas de Aceite até dia 15 de fevereiro de 2024

 

Serão três dias dedicados à pesquisa, reflexão e a discussão sobre a Psicologia Positiva, Direitos Humanos e Justiça Climática.

Teremos a demonstração e explanação de ações profissionais e de estudiosos que vêm colocando no mundo projetos e pesquisas sobre os avanços dos estudos da Psicologia Positiva e de outros temas da ciência com foco na felicidade, que nos impulsionam a nos manter alinhados e alertas com as novas necessidades humanas e com o trato de sua subjetividade individual e coletiva.

Com a intenção de nutrirmos esforços comuns para expandirmos as fronteiras do Congresso Português de Psicologia Positiva e desenvolvermos a iniciativa do Simpósio Luso-Brasileiro de Psicologia Positiva, unimos os olhares distintos sob o ponto de vista das pesquisas, estudos, investigações e atuações profissionais, evidenciando ainda mais os contextos ricos e diversos sobre os quais debruçam a Ciência da Felicidade.

Manifesto:

Vivemos em tempos de transição, que nos convocam a novos comportamentos, práticas e culturas baseadas na ética da solidariedade – que nos tornem mais capazes de proximidade, comunhão, reciprocidade, cuidado e partilha.

A ciência deve ser, cada vez mais, parte integrante desta época fascinante e desafiante da história e facilitadora dos necessários gestos proféticos que nos guiem para estilos de vida e relação – conosco, uns com os outros e com o ambiente – alternativos aos dominantes.

Acreditamos que a psicologia positiva tem aí um lugar essencial.

Este Encontro pretende, por isso, enriquecer a reflexão sobre essas mudanças, ao mesmo tempo que fortalece e alarga o domínio vibrante da ciência da psicologia positiva.

Tal será conseguido através de contribuições teóricas e empíricas em redor de dimensões e práticas profissionais, politicas, económicas e sociais que contribuam para a promoção e proteção dos direitos humanos, ambientais e universais, da felicidade pública, de novos modelos económicos, e das consequentes formas de paz e sustentabilidade social e ecológica.

Porquê focar nos direitos humanos?

Os direitos humanos podem ser entendidos como direitos básicos que defendem e protegem as liberdades fundamentais e a dignidade humana a que todos temos direito, independentemente de nacionalidade, etnia, religião, género sexual, língua ou outra dimensão. São universais, indivisíveis, interdependentes, e inalienáveis e podem ser considerados como direitos de pessoas individuais e de pessoas coletivas. Abrangem os direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais. Representam um quadro normativo solido para guiar à construção e manutenção de sociedades pacíficas caracterizadas por relações harmoniosas entre grupos, e politicas económicas equitativas.

Os direitos humanos são assim centrais para todas as áreas do conhecimento humano, para a psicologia em geral e para a psicologia positiva, em particular.

No entanto, a área da psicologia, e a área dos direitos humanos, têm sido, tradicionalmente, campos apartados. Perspectivas mais individualizadas e segmentadas têm trazido um foco muito restrito, que nos tem cegado para questões estruturais que afetam populações inteiras e sociedades globais.

Porquê a justiça climática?

São recentes os debates sobre se a proteção do ambiente é um Direito Humano, assim como o estabelecimento legal de direitos humanos ambientais adicionais e o dever dos Estados de proteger os indivíduos da degradação ambiental. Debate-se um direito autónomo a um ambiente saudável, e o facto de qualquer direito poder ser afetado por danos ambientais. A degradação ambiental, as alterações climáticas e o desenvolvimento insustentável constituem assim, adicionalmente aos direitos humanos, algumas das mais urgentes e sérias ameaças à capacidade das gerações presentes e futuras de gozar o direito à vida. Justiça ambiental e climática significa, portanto, acesso aos recursos naturais intocados que permitem a sobrevivência, incluindo terra, abrigo, alimentação, água e ar, assim como direitos puramente ecológicos, nos quais se inclui o direito de um qualquer ser vivo a sobreviver ou o direito de um ser humano a desfrutar de uma paisagem intacta.

Onde sonhamos chegar?

Pretende-se nesta iniciativa colocar o foco da psicologia positiva nas atitudes em relação aos direitos humanos e ambientais, como eles podem ser afetados e como eles se materializam em intenções e comportamentos (por exemplo, em áreas tão diversas como o voluntariado, as virtudes de carácter, a liderança servidora, os comportamentos de proteção da biodiversidade); abordar os direitos humanos e ambientais em contextos culturais, organizacionais e políticos (por exemplo, diferenças transculturais na felicidade, politicas sociais para a felicidade publica, bem-estar e justiça social, novos modelos económicos e economia da felicidade, desafios ecológicos e mudança social, jornalismo construtivo, saúde publica, igualdade de género, programas inclusivos, integração de refugiados, potenciação de condições de trabalho dignas, respeito e valorização da potencialidade humana em contextos corporativos); e debater e promover diretrizes relacionadas aos direitos humanos e ambientais na prática da psicologia positiva (por exemplo, em áreas como educação positiva, trabalho terapêutico e de promoção de paz em contextos de conflito, capacitação de minorias, desenvolvimento comunitário positivo, educação para a cidadania e para a paz).

Acreditamos que a investigação sobre direitos humanos e ambientais, dentro de um quadro de referencia dos estudos da felicidade, possa levar a uma maior consciência e comprometimento, junto dos profissionais e académicos da psicologia positiva, sobre quando, onde e como estes direitos estão em risco, e como e onde se podem e devem proteger e promover.

Desejamos que este evento cientifico possa elevar e acelerar o papel da psicologia positiva na abordagem das mudanças sociais promotoras dos direitos humanos e da proteção às alterações climáticas globais, especificamente para ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e formas mais justas, harmoniosas, saudáveis e felizes de viver em conjunto, favorecendo a vida atual e a das próximas gerações – fundamentando e polenizando narrativas de esperança.

Palestrantes:

  • Andréa Perez Correa
  • Andreas M. Kraft
  • Chris Johnstone
  • Felipe Goettems
  • Gilmar Carneiro
  • Hans Henrik Knoop
  • Helena Águeda Marujo
  • Kio Kislansky
  • Margarita Tarragona
  • Maria Sirosis
  • Michael Steger
  • Ryan M. Niemiec
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